10 de outubro de 2011

Tem coisa que não muda. Essa cidade é muito grande para fechar ciclos?
Ele ainda sabe mais de mim do que eu nunca saberei.
Eu ainda escondo muita coisa dele.
Ela ainda repete atos.
Eu corro de qualquer coisa que lembre amor.
Ela faz uma bagunça danada.
Eu ainda faço qualquer coisa para ela não saber e eu matar isso para sempre.
Ele faz um barulho desgraçado e
eu ainda fico brava e termino no quarto estourando tímpanos, venerando gente do longe.
Percebi que escrevo e não falo de mim.
Eu nunca falei de mim pra eles.
Mateus sabe.
"Eu não entendo sua cabeça". "Você deveria se expressar mais".
Eles se expressam, choram, declaram amor, amizade, dedicam músicas.
Eu não. Não completamente.
Eu nunca contei uma verdade inteira pra ninguém daqui.
Fecha o olho e sonha que está no teu lugar.                                                           Que venha o próximo.

2 comentários:

  1. Cada um aprende a se expressar da forma que se sente melhor. Confesso que me sinto um idiota por ser assim, por ter me tornado assim, tão sucessível a emoções. Mas por outro lado necessito disso. Parece ser um vício, e por ser um "vício", me sinto bem assim.

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  2. Quem escreve e não se encontra, não escreve. Mente.
    Não acho que mentimos, pois. O jeito é olhar pro mesmo lugar mesmo com caminhos diferentes.

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