Não quero pose, só quero relatar para que eu possa voltar e ver. Escrevendo, quem sabe, ponho na cabeça.
"Dois goles. Um café.
Depois, um dos dois apertou o pause.
Depois, um dos dois apertou o pause.
E eles nunca mais voltaram a se falar."
Calma, menina.Talvez o Outono se desregule, mas ainda está lá. A pressa às vezes é bem maior.
Mas deixa. Deixa as folhas caírem. Quem sabe dê tempo de nascer outras.
Calma, menina.
Que agora o tempo difícil vai durar, mas você precisa estar com a cabeça boa.
Vai descansar, mas fique em casa. Vai ver quem tu gosta, mas não saia do sofá. Vá falar com teus amigos, mas não encoste no telefone nem no teclado. Não... faça... contato.
Para de mentir, não precisa mais. E não se intrometa.
Você criou o monstro, mas ele cresce sozinho agora.
Deita, olha as estrelas fosforecerem, abraça o urso que ele deu e dorme pra esquecer e acordar ao som da mesma banda há anos, fazer as mesmas coisas, sentir a mesma preguiça, fazer o mesmo caminho e ser mais uma naquele colégio.
Toma teu banho, estuda pra terminar com isso logo. Fica mais tempo no teu quarto, que a sala está te fazendo indisciplina.
E deixa o Ismael se aproximar. Que é ele.
Tua perdição interna, mas tudo o que você precisa.
Ele sempre foi tudo.
Lembra?
“'Há dias em que você simplesmente não está', ela falou antes de fechar os olhos."
(Eu não estou desde que o pause foi apertado. Desde que Walter é Werther. Desde que ela morreu. Desde que Newton sou eu também. Desde...)
precisso falar com vc urgentemente! é serio!
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