20 de setembro de 2011

Só tem graça porque é novidade.

Tem gente que não te lê mais. Eu quis tanto ser tudo isso que não tem mais graça. Eu quis tanto ser como ela que não sou nem eu, nem ela. Eu queria que tu entendesse que me tornei o que queria que tu visse. E foi tudo pra você e vai continuar sendo, por mais cansativo que seja pros dois. Eu resolvi me eternizar por sua causa. Você jurou ter pilares definidos e se permitiu ser o meu, mas e agora? Você só é um perdido tentando ser o que não é, tanto que agora é.

Eu sei, cada vez mais, que me recuso ser como sou: cada detalhe meu eu fiz questão de matar. E isso tem refletido nesses 13 meses. Eles me conheceram de novo. Quem sabe ele tenha se aproximado por eu ser novidade. Quem sabe ela continua apaixonada por eu sempre ser uma novidade.
Acho que você terminou e já perdeu a linha e quer me levar junto, pra que o buraco seja menos calado.

Tenho prestado mais atenção na aula de filosofia talvez por concordar com um amor inventado por Platão. É sempre mais bonito se não é real. É sempre novidade. Ou por querer matar perguntas. Ou tentar entender por que um mero moleque resolveu ir embora. Ele foi e nunca mais vai ser. Ele morreu jovem, então sempre vai ser dentro de qualquer olho. E sua voz eternizada sempre vai ser novidade. Feito Kurt Cobain...

Meus livros. E os livros que não são inteiramente meus. Tenho dado exemplos errados com argumentos egoístas e não sei me sentir culpada. Pensar em si mesmo não é egoísmo, afinal. Ela me ensina a competir porque estamos todos sozinhos, e a ensino mentiras. Eu ensino história. E também ensino roubo pra ele; ele me ensina a pensar em mim, cada vez mais.

Mas tudo precisa ser novidade. Eu me mato sempre porque preciso que seja novo outra vez. A morte é sempre novidade. Todas minhas fases são novidades. Isso é redescobrir?
No seu buraco não tem morte. Vai viver no escuro sozinho. Quero morrer pra sempre.

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