7 de setembro de 2011

Agora tudo é cobrado. Professores são pressionados a nos pressionar. Todos os anos é nessa época que fica pior, eu dou um jeito de sumir e dou importância demais no que daqui quatro meses não fará sentido. Levo a semana toda esperando por uma sexta-feira, alguns sábados e todos os domingos. Tenho ouvido Arctic Monkeys e sonhado com pessoas distantes de corpo e coração. Tenho estado nervosa com prazos, datas, chegadas, idas. Dormir virou segundo plano e todas minhas vontades e ideias terceiro, quem sabe quarto.
Ele viu que o que era bom de repente vira obrigação. Mas ele sabe que no fundo gosta. Se não gostasse, iria embora sem mais. Feito Ulisses. E se me deixasse feito Thereza?
Tenho esperado tanto por shows que até perdeu a graça. Perdi as contas.
Às vezes acho que faltou minha fé. Só a minha. Culpa hoje é só esse gosto de dois corpos mortos nessa casa.
Hoje é aniversário do Tom. Aniversários me constrangem demais. Eu só queria poder dizer um dia pra ele o quanto o que ele diz me faz diferença, independentemente de quantos sete de setembro existirem.
Se não doesse, ninguém voltaria.
E cada vez mais, esse telefone me irrita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário