6 de dezembro de 2011

"Talvez seja a saudade a única ligação entre as coisas"

Não importa o quanto se ouça "Você cresceu". O traço do meu nascimento continuará em relevo no íntimo da minha mãe.
Não importa que tênhamos mudado, aquela casa ainda tem desenhos alegres do meu pai debaixo da tinta na parede.
Não importa que o travesseiro não me pertença mais ou que a fronha tenha sido lavada. Ainda há marcas de lágrimas forrando os sonhos que couberam ali.
Tanto faz base, corretivo ou pó. Sempre terei uma cicatriz no olho que lembrará a culpa.
Toda limpeza não tira da escova o fio cor de rosa que conta sua história aos outros castanhos.
Não importa as vidas depois da sua. Marcas sempre estarão lá, recontando, recontando...

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